DIA DA ESCOLA - 2007

Março/07
Professores dinamizadores: Isabel Maia; Luísa Mendonça; Manuel Gama; Mª do Céu Ferreira.

Leitura de vários poemas de autores moçambicanos (José Craveirinha, Carlos Zimba, Marcelino dos Santos, Hélder Muteia, Noémia de Sousa, Gouveia Lemos e Mia Couto), com acompanhamento musical e visual por alunos de secundário.

POEMAS

Naturalidade de Rui Knopfli - Manuel Gama
Deixa passar o meu povo de Noémia de Sousa - Céu Ferreira
Pena de José Craveirinha – Felisberto Barro 10º E
Ensaio de Lágrimas de Hélder Muteia - Tânia Oliveira 10º C
Aforismo de José Craveirinha - Eduarda Peixoto 10º C
Sonho de Mãe Negra de Marcelino dos Santos - Mariana Reis 11º C
Fábula de José Craveirinha - Tomás Ferreira 6º D
Sorrisos mutilados de Carlos Zimba - Elena Mione 10º C
Poema Mestiço de Mia Couto – Tânia Teixeira 11º D
Companheiros de Mia Couto – Nuno Freitas 11º D
Sangue Negro de Noémia de Sousa - Rita Reis 11º C
Canção da Agonia de Gouvea Lemos - 10º E
Grito Negro de José Craveirinha – Olavo Santiago 10º D

Projecção de imagens de obras de:
Mucavele
Malangatana
Chichorro
Bertina Lopes Chissano

Músicas:
Ser Negro – Boss AC
Transparente – Mariza Cruz

Grito Negro
Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.

José Craveirinha